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  • Foto do escritorPsicóloga Camila Freitas

Você já ouviu falar no número de Dunbar?

Atualizado: 7 de abr.

Estudos sugerem que mesmo no fenômeno de mídias sociais, que independente de quantas conexões temos no mundo online, as conexões realmente verdadeiras se mantém constantes


O Número de Dunbar, conceito proposto pelo antropólogo Robin Dunbar, sugere que os seres humanos têm uma capacidade cognitiva limitada para manter relações sociais significativas, estimada em cerca de 150 contatos estáveis. Esse número, embora possa variar de pessoa para pessoa, lança luz sobre os limites naturais de nossa capacidade de interação social.


No entanto, em uma era digital em que as redes sociais dominam nosso cotidiano, muitos de nós nos encontramos conectados a uma incalculável de pessoas online, muito além do que Dunbar sugeriria ser viável para relações significativas. Esse fenômeno levanta preocupações sobre o uso excessivo de redes sociais e seus impactos negativos.



Um dos principais problemas associados ao uso excessivo de redes sociais é o impacto na saúde mental e bem-estar. Estudos têm mostrado uma correlação entre o tempo gasto nas redes sociais e o aumento da solidão, depressão, ansiedade e até mesmo problemas de sono. O constante bombardeio de informações, comparações sociais e validação externa pode levar a uma sensação de inadequação e desconexão da realidade.


Eventos anteriores, como audiências no Congresso dos EUA com CEOs de grandes empresas de tecnologia, trouxeram à tona preocupações sobre a manipulação de algoritmos e o design intencional das redes sociais para maximizar o engajamento e criar um ciclo vicioso de uso. O documentário "O Dilema das Redes Sociais" explorou essas questões de forma abrangente, revelando os bastidores sombrios da indústria de tecnologia e seu impacto na sociedade.


Em última análise, enquanto as redes sociais oferecem inúmeras oportunidades de conexão e compartilhamento, é crucial abordar conscientemente nosso envolvimento com elas. Reconhecer os limites do Número de Dunbar pode nos ajudar a reavaliar nossos padrões de uso e priorizar relações significativas fora do mundo digital. Além disso, é essencial que a indústria de tecnologia assuma a responsabilidade de projetar plataformas que promovam o bem-estar e a saúde mental, em vez de lucrar com nosso vício na atenção.


Referência Bibliográfica


  1. Primack, B. A., Shensa, A., Sidani, J. E., Whaite, E. O., Lin, L. Y., Rosen, D., ... & Miller, E. (2017). Social media use and perceived social isolation among young adults in the U.S. American Journal of Preventive Medicine, 53(1), 1-8.

  2. Lin, L. Y., Sidani, J. E., Shensa, A., Radovic, A., Miller, E., Colditz, J. B., ... & Primack, B. A. (2016). Association between social media use and depression among US young adults. Depression and Anxiety, 33(4), 323-331.

  3. Woods, H. C., & Scott, H. (2016). # Sleepyteens: Social media use in adolescence is associated with poor sleep quality, anxiety, depression and low self-esteem. Journal of Adolescence, 51, 41-49.

  4. Tromholt, M. (2016). The Facebook experiment: Quitting Facebook leads to higher levels of well-being. Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, 19(11), 661-666.

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